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Como não amar Lorelei?

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A inveja é um dos sentimentos que movem a humanidade – e muito provavelmente ainda estaríamos nas cavernas se não fosse por ela, pela ganância e pela vaidade. Pois a literatura também deve muito à inveja.

Anita Loos começou a escrever o hilário Os Homens Preferem as Loiras durante uma viagem de trem com um grupo de amigos. Inteligente e bem-sucedida (ao menos era o que ela achava de si mesma), Anita foi quase ignorada pelos companheiros, que se derretiam por uma loira de belas curvas e pouca inteligência (esse segundo atributo, também segundo a autora). Daí nasceu a Lorelei Lee, uma espécie de Eva das “loiras burras”, que mais tarde faria um sucesso danado com a Marilyn Monroe no cinema.

A personagem do livro estava pronta para o cinema – e é impossível ler o texto sem lembrar imediatamente de uma dessas pin ups de ilustrações antigas. Um tanto atrapalhada com os próprios pensamentos, ingênua e linda, Lorelei é apaixonante. Os homens – alguns casados – caem a seus pés, investem em presentes, viajam quilômetros para encontrá-la – mas nenhum conquista o coração da bela. Na história há ainda a amiga morena, sensata e menos assediada (diz uma piada que toda mulher bonita tem uma amiga menos bonita).

Na música Deixa a Menina, Chico Buarque escreveu um trecho que podia ter sido inspirado pelo Os Homens Preferem as Louras: “Atrás de um homem triste/ há sempre uma mulher feliz/ e atrás dessa mulher/ mil homens sempre tão gentis”.

 

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Sobre o autor:

Rogério

Rogério Kiefer ( @rogeriokiefer) é jornalista e sócio-diretor da All Press Comunicação.