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A assessoria de imprensa e a síndrome do cavalo paraguaio

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Não foram raras as ocasiões em que, durante reuniões de prospecção de novos clientes, ouvi a seguinte queixa das empresas: contratei uma assessoria de imprensa e nos primeiros três meses foi incrível. Muitas notas, matérias e entrevistas. Com o tempo, os espaços foram ficando mais escassos, os contatos mais esporádicos até que deixamos de “emplacar”. Um amigo, brincando, definiu o fenômeno como “Síndrome do Cavalo Paraguaio”.

Brincadeiras à parte, a questão é que o planejamento, essa palavrinha muito usada para vender serviço e pouco implementada na vida real, faz toda a diferença para o resultado do trabalho de assessoria de imprensa. Infelizmente, por inexperiência, ansiedade ou mesmo desconhecimento de como construir as etapas de um bom planejamento, as assessorias fecham contratos e começam a distribuir informações aleatórias, sem antes entender o cliente e, o que também é grave, sem compreender os objetivos do negócio.

O planejamento é a segunda etapa do trabalho. Digo segunda, porque antes disso é preciso estudar profundamente as características da organização com a qual vamos iniciar uma parceria. Isso pode levar um tempo. E, sim, você vai ter que explicar para o cliente que talvez logo no primeiro mês ele não veja a própria foto estampada na capa do jornal. Com o tempo ele vai entender que é preferível um trabalho regular a uma enxurrada de informações mal distribuídas e sem qualquer tipo de estratégia.

Tem alguma duvida ou quer sugerir um post? Mande email para [email protected]

 

Sobre o autor:

DéborahDéborah Almada ( @deborahalmada ) é jornalista e sócia-diretora da All Press Comunicação .